Zoonoses em Foco: O papel do Médico-Veterinário Responsável Técnico em Unidade de Vigilância de Zoonoses
Na última terça, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMV-ES), através da sua Comissão de Saúde Única (CSU), promoveu um importante seminário no auditório da FAESA, em Vitória. O evento reuniu Médicos-Veterinários e acadêmicos de Medicina Veterinária para discutir o papel do profissional responsável técnico em Unidades de Vigilância de Zoonoses (UVZs).
A abertura do evento foi conduzida pelo Vice-Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMV-ES) Rodolpho José da Silva Barros, e contou ainda com a presença da Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária da FAESA, a Professora Thaiz de Deco Souza, o Presidente da CSU Adilson Arimatea Rosa e o Subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Orlei Amaral Cardoso.
Rodolpho deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância do tema do seminário: “O papel do Médico-Veterinário Responsável Técnico em Unidade de Vigilância de Zoonoses”. Sua fala ressaltou a relevância da atuação desses profissionais na prevenção e controle de doenças transmitidas por animais, bem como na proteção da saúde pública.
Adilson salientou que por se tratar de um tema muito importante para o trabalho diário nas UVZs, estiveram presentes no evento vários colegas que atuam na área, e que no evento eles puderam discutir problemas que, muitas vezes são comuns no serviço, mas que se apresentam de forma diferentes de acordo com cada realidade. Tiveram ainda a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre os documentos que devem ser preenchidos no momento do atendimento e durante todo o acompanhamento dos animais que estejam sob sua responsabilidade. Finalizou destacando que esses documentos tem como finalidade dar transparência ao serviço e resguardar os profissionais em caso de questionamentos seja pela sociedade ou por outros entes públicos.
Já o Subsecretário Orlei destacou o papel do Médico-Veterinário como profissional de saúde e sua contribuição nas várias esferas do Sistema Único de Saúde.
Palestrantes e Temas
Paulo Abílio Varella Lisboa – FIOCRUZ
- Responsabilidade Técnica na Medicina Veterinária e Instituições Públicas: O Dr. Paulo Abílio abordou a relevância da responsabilidade técnica na área veterinária, destacando as implicações legais e éticas. Ele também explorou como os profissionais podem contribuir para a saúde pública por meio de suas atividades.
- Marcos Regulatórios na Medicina Veterinária: Nessa palestra, o Dr. Lisboa discutiu os marcos regulatórios que orientam a atuação dos médicos-veterinários. Ele analisou as normas e regulamentações que impactam a prática profissional, incluindo aspectos sanitários, ambientais e de bem-estar animal.
Caroline Ferreira – FIOCRUZ
- Responsabilidade Técnica – Da Teoria à Prática. Desafios e Perspectivas: A Dra. Caroline Ferreira trouxe uma perspectiva prática sobre a responsabilidade técnica. Ela compartilhou desafios enfrentados pelos profissionais no dia a dia e discutiu estratégias para superá-los. Além disso, abordou as perspectivas futuras da área.
Atualidade e Relevância
O seminário não poderia ser mais oportuno. Em um mundo cada vez mais globalizado, as zoonoses representam um desafio constante para a saúde pública. Mais de 60% das doenças infecciosas humanas têm sua origem em animais. Por todo o mundo, as zoonoses respondem por 62% da Lista de Doenças de Notificação Compulsória, 60% dos patógenos reconhecidos (vírus, bactérias, protozoários, parasitas e fungos) e 75% das doenças emergentes. O evento proporcionou uma reflexão sobre como a atuação dos Médicos-Veterinários nos Serviços de Vigilância de Zoonoses pode contribuir para a prevenção e controle dessas doenças.
Em resumo, o seminário promovido pelo CRMV-ES trouxe à tona temas relevantes e atuais, estimulando a troca de conhecimentos e a conscientização sobre o papel fundamental dos médicos-veterinários na proteção da saúde pública e no cuidado com os animais. A linguagem utilizada pelos palestrantes foi acessível e engajante, aproximando os participantes das discussões e incentivando a busca por soluções eficazes.
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