Fala Vet: Luciana Felício, Médica Veterinária que atua na área de neurologia
Há dez anos, o amor pela neurologia veterinária foi a descoberta da Médica Veterinária Dr. Luciana Felício. Há 22 anos na profissão, ela formou-se pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Minas Gerais, fez residência na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, em Botucatu, São Paulo, e depois emendou no mestrado na área de neurotoxicologia e doutorado em neuropediatria veterinária.
Luciana ministrou aula na Universidade Espírito Santo do Pinhal, em São Paulo, e com a mudança de emprego do marido para o Estado, veio para cá. Passou a ministrar aulas em 2001 na Universidade de Vila Velha e no ano seguinte começou seu trabalho em neurologia em clínicas veterinárias.
A médica veterinária fala sobre sua trajetória e realizações. “Entre minhas principais conquistas estão a carreira acadêmica, ser mãe de dois lindos meninos, um de 10 e o outro de 8 anos, e a realização profissional no atendimento aos pacientes neurológicos. É uma satisfação ajudá-los, mesmo sabendo que a neurologia é uma área árdua, difícil e extensa, é algo que gosto e que tenho satisfação”, revela.
A atuação da mulher no mercado de trabalho é outro ponto que a Médica Veterinária destaca. Segundo Luciana, o público feminino está presente em todas as áreas, agregando no pessoal e profissional. “Ao entrar na Universidade de Vila Velha eram cerca de 60 homens e 40 mulheres e hoje vemos um cenário com cerca de 80 mulheres e 20 homens. A mulher vem a contribuir pelo lado sentimental, ela consegue, muitas vezes, compreender melhor os tutores, ser mais carinhosa, atenciosa, conseguindo captar algumas ansiedades que podem auxiliar no tratamento do animal, e ainda com capacidade técnica”, destaca.
Na profissão, Luciana Felício fala que a valorização e a remuneração podem ser considerados os principais desafios. “A falta de reconhecimento pela sociedade da medicina veterinária também é um desafio. Mas, se tratando de mulher, conciliar a independência profissional e o papel de mãe ainda vem carregado de peso e pressão”, revela.
Medicina Veterinária
O médico veterinário está relacionado, diretamente, na saúde pública. “Quando falamos de saúde, logo vem à cabeça o veterinário que trabalha em órgão público, sendo que vai muito além, abrangendo outros profissionais, como os de clínica de pequenos. Se o cão e o gato pega uma doença grave, tal como Leishmaniose ou Esporotricose, significa que o ser humano também pode pegar. Ao cuidar dos animais garantimos a saúde deles e de toda população, é saúde pública”, enfatiza Luciana.
“Na área de clínica de pequenos a possibilidade de diagnóstico vem se modernizando, logo conseguimos saber com mais facilidade o que o animal possui. Em outras áreas a tecnologia vem a ajudar, embora, falando em clínica, é importante o veterinário não esquecer de saber examinar um caso. O atendimento ao paciente é soberano. É mais do que um exame de sangue ou ultrassom, é importante que o profissional não se esqueça disso”, finaliza.
Assessoria de Comunicação do CRMV-ES