CRMV-ES e SESA se reunem para discutir o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina Contra a Covid-19
Na tarde de ontem, 09 de fevereiro, o presidente do CRMV-ES, Dr Marcus Braun esteve em reunião com o Secretário Estadual de Saúde, Dr. Nesio Fernandes para discussão do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 onde estão destacados que médicos-veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares estão inseridos entre os trabalhadores de saúde.
Conforme compromisso firmado pela Secretaria de Estado da Saúde o Plano Nacional será respeitado e os médicos-veterinários serão inseridos na programação de vacinação, restando ainda organização para operacionalização visto que os recursos humanos e materiais ainda são escassos. O CRMV-ES está buscando viabilizar devido apoio para que após sanadas tais limitações, a vacinação dos médicos-veterinários possa ser realizada de forma ampla.
Um breve histórico
Em resposta ao Ofício nº 13/2021 de 18/01/21 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde confirmou que médicos-veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares estão inseridos entre os trabalhadores de saúde destacados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (anexo II, página 89). O documento descreve os grupos prioritários e recomendações para a imunização contra a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
A informação está no Ofício nº 8/2021 do ministério e ressalta que “os médicos-veterinários atuam em diversas frentes e estão inseridos nas clínicas, hospitais, defesa sanitária, desempenhando atividades que vão desde a gestão até a vigilância de zoonoses, vigilância ambiental em saúde, epidemiológica e sanitária, o que os torna mais suscetíveis à doença”.
O documento ainda confirma que o “ministério solicitou que todos os postos dos municípios, estados e do Distrito Federal disponibilizem a vacina e orienta que, para ter direito, o médico-veterinário deve apresentar sua carteira de identidade profissional”.
De forma complementar, está destacado no Plano Nacional de Imunização que “será solicitado documento que comprove a vinculação ativa do trabalhador com o serviço de saúde ou apresentação de declaração emitida pelo serviço de saúde.”
Informe técnico
O ofício também trata do Informe Técnico do Ministério da Saúde, enviado aos secretários estaduais de saúde e ao CFMV hoje (18). O informe aborda o escalonamento dos grupos prioritários para vacinação, conforme a disponibilidade das doses de vacina, sendo facultado a estados e municípios a possibilidade de adequar a priorização de acordo com a realidade local.
Dessa forma, para a primeira fase de imunização, que tem seis milhões de vacinas disponíveis, sendo necessárias duas doses para completar o esquema vacinal, o ministério priorizou os grupos segundo os critérios de exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e óbito pela doença.
Para manter a força de trabalho dos serviços de saúde e a capacidade de atendimento à população, o ministério recomenda que, dentre os trabalhadores da saúde, os primeiros a receber a vacina sejam os profissionais da saúde da linha de frente, ou seja, os que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), prontos-socorros, ambulâncias, hospitais referenciados para a covid-19, bem como equipes de vacinação que irão imunizar a população e os trabalhadores de instituições de acolhimento de idosos e jovens e adultos com deficiência. Em seguida, serão vacinados os demais trabalhadores de saúde.
O texto do Informe Técnico ressalta: “Cabe esclarecer que TODOS os trabalhadores da saúde serão contemplados com a vacinação, entretanto a ampliação da cobertura desse público será gradativa, conforme disponibilidade de vacinas. Ressalta-se ainda que as especificidades e particularidades regionais serão discutidas na esfera bipartite (estado e municípios)”.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que os grupos de maior risco para agravamento da doença e com maior exposição ao vírus, como idosos e trabalhadores da área da saúde, sejam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021.