Cavalaria: conheça um pouco mais sobre o papel do cavalo em grandes momentos da história brasileira
Cavalaria é a arma das forças terrestres que, antigamente se destinava ao combate a cavalo, em ações de choque ou de reconhecimento. Historicamente, a cavalaria é a arma mais móvel dos exércitos e a segunda mais antiga – a seguir à infantaria.
Hoje em dia, são raros os exércitos que mantém forças de combate a cavalo. No entanto, em muitos deles, por tradição, continua a chamar-se "cavalaria" às forças e unidades que desempenham missões semelhantes às da antiga cavalaria, mas fazendo uso de veículos motorizados, de veículos blindados ou de helicópteros. Importante para os Exércitos, pois apresenta o poder ofensivo e defensivo, por meio de sua ação de choque, potência de fogo e proteção blindada.
Normalmente, a designação "cavalaria" não se estendia às forças que combatiam montadas em outros animais que não o cavalo, como o camelo ou o elefante. Igualmente, as tropas que se deslocavam a cavalo, mas que desmontavam para combater, eram conhecidas como "dragões", não sendo consideradas parte da cavalaria, senão a partir da segunda metade do século XVIII. No tempo de D. Afonso Henriques a cavalaria ligeira era chamada de "corredores". No Brasil, a cavalaria foi muito importante pela necessidade de conquistar território durante a Guerra do Paraguai, entre 1865 e 1870, sob o comando do Duque de Caxias. Nesse conflito, destacou-se a liderança do General Manuel Luís Osório, que hoje é o patrono da arma no Exército Brasileiro.
Desde os tempos mais remotos que a elevada mobilidade da cavalaria lhe deu uma vantagem como um instrumento multiplicador de forças. Mesmo uma pequena força de cavalaria poderia manobrar de forma a flanquear, evitar, surpreender, retirar e escapar, de acordo com as necessidades do momento. Um homem combatendo montado num cavalo tinha também a vantagem de uma maior altura, velocidade e massa inercial sobre um oponente a pé. Outro elemento da guerra a cavalo era o impacto psicológico que um soldado montado poderia infligir sobre um oponente.
O valor da mobilidade e do choque da cavalaria foi muito apreciado e explorado pelos exércitos da Antiguidade e da Idade Média, muitos dos quais eram constituídos, praticamente, apenas por tropas a cavalo. Isso acontecia especialmente nas sociedades nómadas da Ásiaque originaram os exércitos mongois. Na Europa, a cavalaria transformou-se, essencialmente, numa cavalaria pesada constituída por cavaleiros de armadura. Durante o século XVII a cavalaria europeia perdeu a maior parte das suas armaduras e, no final do século já só algumas unidades usavam armadura e esta, limitando-se à couraça do peito. A cavalaria tradicional sobreviveu até ao início da guerra de trincheiras na Primeira Guerra Mundial. A maioria das unidades de cavalaria foram então desmontadas e empregues como infantaria na Frente Ocidental. No período entre guerras, muitas unidades de cavalaria, foram motorizadas ou mecanizadas. No entanto, algumas tropas a cavalo ainda combateram durante a Segunda Guerra Mundial sobretudo na União Soviética, onde foram usadas tanto pelos Soviéticos como pelos Alemães e seus aliados. Hoje em dia, a maioria das unidades militares a cavalo ainda existentes, são usadas apenas para funções cerimoniais. Existem no entanto, algumas forças de combate a cavalo que atuam como infantaria montada para operar em terrenos de acesso difícil, como florestas densas e montanhas.
A missão da cavalaria
Em muitos dos exércitos modernos, o termo "cavalaria" ainda é usado para se referir à arma que desempenha funções semelhantes às que a antiga cavalaria ligeira desempenhava, montada a cavalo. Essas funções incluem a exploração, a caça aos elementos de reconhecimento inimigos, a segurança avançada, o reconhecimento ofensivo pelo combate, cobertura das forças amigas durante movimentos retrógrados, a retirada, a recuperação do comando e controlo, a decepção, a ligação, a penetração e a incursão. Para desempenhar estas funções, a cavalaria moderna trocou o cavalo por um conjunto de equipamentos que inclui veículos ligeiros todo-o-terreno, motociclos, veículos blindados, helicópteros, radares de superfície e drones.
Já a função de choque, antigamente desempenhada pela cavalaria pesada, é, em muitos exércitos hoje desempenhada por uma arma própria (normalmente designada "arma blindada" ou " de blindados") ou, nalguns casos, pela infantaria. No entanto, em outros exércitos, esta função também ainda se mantém como atribuição da arma de cavalaria. Para desempenho da função de choque, os cavalos de grande porte e as armaduras foram substituídos pelos carros de combate.
Cavalaria no Brasil
No Exército Brasileiro a cavalaria é a arma que é empregada à frente dos demais integrantes da "força terrestre", em busca de informações sobre o inimigo e sobre o teatro de operações. Na frente de combate, participa de ações ofensivas e defensivas, usando de suas características básicas: alta mobilidade, elevada potência de fogo, ação de choque e surpresa, proteção blindada e sistema de comunicações avançado.
As unidades de cavalaria podem ser:
- blindadas
- mecanizadas
- de guardas
- de Carros de Combate
Alguns quarteis de Cavalaria do Brasil usam a boina preta, tradicional da Cavalaria Mecanizada da Europa. O Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro é o marechal Manuel Luís Osório. No dizer do Dr. Marco Antonio Azkoul a cavalaria é imprescindível no policiamento das cidades, pois sem a função policial nas suas mais diversas atribuições não seria possível a vida em sociedade. Assim é que representantes de Israel tiveram que vir para São Paulo fazer os seus treinamentos e cursos em nosso Regimento de Cavalaria 9 de Julho da Polícia Militar de São Paulo e receber a formação técnico e tático para criar em seu pais de origem o seu próprio regimento de cavalaria, pois na França originariamente onde havia esta elevada escola e que formou os nossos milicianos paulistas e paulistanos, quando da reforma das policias paulistas em 1915 no Governo de Jorge Tibiriçá, ela já não existe mais na Gendarme Francesa. As finalidades são as mesmas no dizer da própria Policia Militar, a saber: Regimento de Polícia Montada 9 de Julho é uma das mais tradicionais Unidades da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Remonta as origens da Milícia Paulista, pois, em 1831 quando da sua criação, 30 homens foram designados para a composição de uma cavalaria.Como Instituição atuou nos momentos históricos tais como Movimento Anarquista de 1917, Revoluções de 1924, 1926, 1930 e 1932, Intentona Comunista de 1935, Movimento Integralista de 1937 e ainda na Revolução de 31 de março de 1964. O Regimento de Cavalaria constitui em órgão especial de execução, subordinado ao Comando de Policiamento de Choque, atuando na preservação da ordem pública em todo o território estadual, em operações especiais rurais e urbanas, controle de tumultos em atividades comunitárias sociais e de representação por meio da Banda de Clarins, da Escola de Volteio, do Carroussel, do Centro de Equoterapia, do Desporto Equestre. O Regimento tem como missão principal o policiamento ostensivo preventivo montado. Dr. Azkoul acrescenta ainda, que as missões das Policias Militares, além das atribuições definidas em lei , incubem as atribuições de defesa civil. Com funções hibridas, são essencialmente em geral, forças auxiliares e também reservas do Exército brasileiro. Subordinam-se juntamente com as Policias Civis aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Fonte: Wikipedia