Cães farejadores e condutores da Receita Federal são preparados em centro de treinamento no ES
Para auxiliar na fiscalização e proteger as fronteiras brasileiras da entrada de drogas e produtos ilícitos, são utilizados cães farejadores treinados para detecção em portos, aeroportos e postos de fronteiras. No Espírito Santo, o curso de condutores de cães farejadores é realizado no Centro Nacional de Cães Farejadores (CNCF) da Receita Federal.
A equipe de treinamento é composta por auditores, analista e pelo Médico-Veterinário Gustavo Jantorno, especialista em comportamento canino e instrutor responsável pela parte técnica do CNCF. No local, agentes e cães de diversas regiões do Brasil recebem o treinamento adequado para atender as demandas alfandegárias em estradas, portos, aeroportos e fronteiras do país. O treinamento dos cães tem duração de seis meses e esse tipo de adestramento só pode ser feito com animais de mais de um ano de idade.
Os cães das raças Pastores e Retrivers são os mais usados na fiscalização, atuando em pontos estratégicos do país, segundo o Médico-Veterinário. “Os animais conseguem maior velocidade e melhor movimentação comparado a outros equipamentos de detecção, como scanner de detecção e espectrômetro de massa, pois são mais dinâmicos que esses instrumentos, pois você consegue, por exemplo, levar o cão para qualquer lugar. Vale lembrar que para eles, todo esse trabalho não passa de uma brincadeira, em que ele acredita que está procurando um brinquedo”, pondera.
A economia brasileira ainda é de um país que exporta commodities e a entrada de pragas pode gerar prejuízos. De acordo com Gustavo Jantorno, além do cão, o profissional Médico-Veterinário faz parte desse processo de garantir a segurança da agropecuária nacional e combater o bioterrorismo. “Os efeitos da falta de segurança agropecuária podem ser catastróficos! Por exemplo, se o vírus da febre aftosa acomete os bovinos de uma região, vai comprometer o abastecimento de frigoríficos e isso pode deixar de gerar novas oportunidades de emprego além de provocar demissões, afetando a economia nacional. O Médico-Veterinário, junto com os animais, ajuda a impedir que produtos não fiscalizados e ilegais entrem no país”, diz.
Por outro lado, o cuidado com a saúde dos animais que participam desse trabalho também é fundamental. Jantorno alerta para a importância do Médico-Veterinário como profissional para assegurar a qualidade de vida e o bem-estar dos cães. “Existe uma preocupação com o bem-estar do animal, que tem que estar sempre motivado. Por isso, o Médico-Veterinário é fundamental por entender a fisiologia do animal, e, assim, definir os limites, melhor forma de aprendizado, treinamento, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida”, finaliza.
Assessoria de Comunicação do CRMV-ES