A hemofilia veterinária
A Hemofilia faz parte de um dos Defeitos Hemostáticos Secundários e é a coagulopatia congênita mais comum em animais acometendo principalmente cães machos (pois são doenças congênitas recessivas associadas ao cromossomo X) das raças Pastor Alemão, Pastor Belga, Golden Retriever, Labrador e Boxers, e felinos das raças Siamesa, Himalaia e Abissínia.
Trata-se de uma doença de caráter hereditário, sendo que na hemofilia A existe deficiência do fator VIII e na hemofilia B deficiência do fator IX. Estatisticamente falando a hemofilia B ocorre quatro vezes menos que a hemofilia A.
A gravidade da hemofilia A depende da magnitude da deficiência do fator VIII na qual os animais afetados brandamente, moderadamente e gravemente possuem atividade do fator VIII maior que 5%, entre 2 e 5% e abaixo de 2%, respectivamente. A hemofilia B segue o mesmo padrão, só que relacionados ao fator IX. Os sintomas mais comuns são hemartrose, hematomas subcutâneos e sangramentos excessivos em incisões cirúrgicas. O hematoma escrotal pós castração é uma alteração reconhecida precocemente.
O diagnóstico pode ser considerado em animais com TTPA prolongado e TP normal, realizados como testes de triagem após suspeita clínica e histórico familiar. A diferenciação entre hemofilias A e B depende da identificação da deficiência do respectivo fator com métodos específicos.
O tratamento envolve bandagem, compressão, cauterização local e restrição de movimento. A transfusão de plasma fresco congelado ou crioprecipitado pode ser usada em casos mais graves.
Eduardo Olivério Bósio CRMV-ES 2.442
Dia Mundial do Hemofílico
Hemofilia na Medicina Veterinária
Assesoria de Comunicação do CRMV-ES