Investimento sem assessoria técnica é jogar dinheiro fora
Em vídeo recente que viralizou nas redes sociais, várias éguas apresentaram quadro clínico grave tendo várias delas evoluído para óbito, gerando grande prejuízo ao produtor. A tropa foi posta em pastagem viçosa de capim do Gênero Panicum, em que o produtor acreditara que estava fazendo o melhor para nutrição de seu rebanho.
Consultado sobre o assunto, o Prof Dr. Domingos Cachineiro Rodrigues Dias, da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), falou sobre a ingestão do capim. “Os capins do gênero Panicum em rebrota viçoso têm grande potencial de causar cólica gasosa em equinos devido ao alto teor de açúcar altamente fermentável, principalmente após períodos chuvosos".
O professor ainda ponderou sobre a causa da morte dos animais. “O que causou a morte dos animais não foram fungos, bactérias, saponinas, oxalatos, besouros, intoxicação, entre outros, mas os altos teores de carboidratos não estruturais, frutanas e galactanas altamente fermentáveis no capim. A ingestão desses capins por estes animais nestas condições provoca cólica em surtos nos rebanhos que tem acesso à essas pastagens de Mombaça, Tanzânia, Massai, todos do gênero Panicum”, diz Domingos. O Médico Veterinário Dr. Márcio Menezes Nunes, consultor na área, tem a mesma opinião sobre o tema.
O Prof. Dr. Felipe Berbari Neto, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), destaca que atualmente o agribusiness é a mola propulsora da economia nacional. “O meio rural está cada vez mais profissionalizado e grandes investimentos são feitos na área, no entanto o investimento financeiro nem sempre gera os retornos esperados e desta forma a assessoria técnica na produção animal é fundamental para que os investimentos gerem lucro”.
O direcionamento técnico sobre os investimentos financeiros é indispensável para a produção exitosa da cultura, reforça Felipe. “A assessoria técnica deve ser encarada pelo produtor como uma das primeiras ações que visem a otimização dos recursos, com assessoria técnica de profissional médico veterinário e/ou zootecnista é possível criar o planejamento de uso dos recursos financeiros com gerenciamento da produção de modo a se evitar transtornos aos animais que diminuem seu potencial zootécnico e desta forma trazendo prejuízos” enfatiza.
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Fonte: CRMV-ES