Ministério da Agricultura recomenda ações de prevenção à gripe aviária
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou aos órgãos estaduais de defesa sanitária animal que aumentem a vigilância em estabelecimentos avícolas para prevenir a entrada da Influenza Aviária (gripe aviária) no Brasil. O Mapa emitiu nota técnica nesta quinta-feira (19), detalhando as providências já adotadas para evitar casos da doença no país.
O Mapa pede maior atenção em relação a todas as medidas necessárias para atendimento às suspeitas e ocorrências da gripe aviária, e proibiu a entrada de aves oriundas de países onde está presente a doença, além de pedir um maior rigor nos requisitos para a importação de material genético de aves.
O setor produtivo deve receber notas e alertas quanto à necessidade das ações de biosseguridade e de vigilância epidemiológica em todos os estabelecimentos avícolas, principalmente em relação ao isolamento das aves de produção das aves de vida livre. Conforme Instrução Normativa nº 56, é recomendada a utilização de telas em todos os aviários de produção.
Migração
O Mapa também alertou para a necessidade de uma vigilância epidemiológica em todos os sítios de aves migratórias reconhecidos pelo Departamento de Saúde Animal (DSA). Pelo menos 197 espécies de aves podem migrar. Desse total, 53% (104 espécies) se reproduzem no Brasil e 47% (93 espécies) possuem seus sítios de reprodução em outros países.
Existem 20 locais de monitoramento da entrada das aves migratórias no território brasileiro. Eles estão localizados na Bahia, no Maranhão, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Pará, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo. A fiscalização também será intensificada em todo os portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas.
A doença
A influenza aviária é uma doença exótica no Brasil, nunca detectada nos plantéis avícolas nacionais. De acordo com o Mapa, os sintomas que podem caracterizar casos suspeitos de influenza aviária são o aumento repentino de mortalidade das aves num período de 72 horas; secreção ou corrimento ocular e nasal; tosse e espirros; diarreia e desidratação; depressão severa; queda drástica na produção de ovos ou ovos de casca deformada; hemorragias nas pernas; e inchaço na região dos olhos, da cabeça e pescoço.